Hoje sonho em cores

Em primeiro lugar não,  não é um titulo real, é algo artístico, abstracto,  sim, realmente, tenho que me desculpar, mas não, não cá vim durante um longo tempo, além de não ter internet, criei um projecto secundário no sábado, e só o visitei a ele, peço desculpa, prometo dar atenção a ambos.

Ontem pensei em suicidio, sim, suicidio, matar-me mesmo,  não algo abstracto, mas isso, isso que ouviram, ou neste caso, leram!

Mas deixando de enrolar a conversa, tenho-me portado horrivelmente, até vão chamar a minha mãe à escola outra vez, mas tudo isso se deve a um colega que me destroi os nervo desde o início do ano, simplesmente, quer dizer, não consigo explicar..simplesmente irrita-me!

Agora estou cheio de nervos e de impaciência, mas mesmo cheio, ao minimo gesto ou palavra provocativa dele, eu irrito-me e mando um berro a mandá-lo calar-se, o que, muitas vezes, me faz sair da aula,  expulso pelos professores, sem poder acabar os meus trabalhos, dado que ele me provoca constantemente, isso é um problema.

Tornei-me violento, cheio de nervos,  a minima confrontação faz-me levantar-me e gritar, não com professores, não estou assim tão doido, mas com colegas!

Mas existe uma coisa engraçada sobre a raiva, pode tornar-se em dor muito facilmente, sendo assim, ao sair de uma aula começei a andar, apenas por ai, a pensar, e sentei-me a um canto e começei a chorar, a partir dai foi um abrir de compotas! Chorei por tudo o que é sitio, nas aulas, no recreio, não tive aulas, pois a professora faltou, e fiquei sentado, num muro a chorar, os meus colegas bem me tentaram ajudar, mas eu fugia, não os deixando tocarem-me, não fui para casa, pois sozinho, não estava no controlo total da minha mente e...tinnha medo de pegar numa faca...e bem, perceberam certo?

Voltei para as aulas da tarde, ainda visivelmente abalado, e aquele rapaz, conseguiu por-me ainda pior, mandei-o calar e berrei, inconscientemente, fui posto na rua a chorar, fui para a biblioteca, acalmar-me, e mais tarde, depois de tocar envolvi-me à briga com o rapaz que me colocou nestes nervos.

O ano passado era segundo alguns professores: "Um miudo que dava gosto ensinar, atento, com coração de ouro...", mas agora mudei, tudo por culpa daquele miudo, não o faço por vontade, é o meu instinto, mas a verdade é que me destroi o aproveitamento!

Pior, ia ter teste, mas não estava concentrado suficiente para o fazer, demasiado zangado,  demasiado enervado, no fundo, demasiado tudo, sim, consegui acalmar-me a tempo para o teste, o rapaz ficou atrás de mim, mas consegui ignorá-lo, embora com dificuldade, sim, pensei em suicidio, mas foi só por um momento, e retirei logo a ideia da minha cabeça, não sou suicida, sou apenas um miudo, a sofrer, que precisa de ajuda, da mesma maneira que isto não é culpa de ninguém...excepto minha e daquele miudo, mas não dos professores e pais, e não deveria prejudicar as suas aulas e lições de vida porque aquele miudo me provoca, tenho que aprender a ignorar, os meus professores são óptimos (excepto um que não gosto muito mas não interessa qual), não os quero meter contra mim, mas no fundo, bem, que se pode fazer?

Tenho que pedir ajuda, e é o que tenciono fazer, não vou evitar como uma vitima, pois no fundo, não sou uma vitima, sou, também eu, um dos "maus", conceito relativo, na verdade, até demasiado relativo, pois o bem e o mal está no lado de quem vê, mas às vezes penso no que o meu avô, infelizmente já falecido, pensaria ao ver o seu neto, eu, a portar-se de maneira tão má e tão, tão, errada, além claro, umas das últimas recordações que ele me deu, eu estraguei-a...memórias, tenho apenas uma, mas...é boa, sim, pois é, agora recordações físicas, só algumas, e eu não me posso dar ao luxo de estragá-las, mas fiz isso a uma...porque o fiz? Foi involuntário, sim, mas isso não é desculpa, sou tão mau, estrago  as coisas dos outros e as minhas, e depois...queixo-me!

Sou escumalha, mas não tenham pena de mim, sou um jovem de 13 anos, com muito para viver, e muito para aprender, esforçem-se antes para serem bons amigos, pais, colegas, professores, o que quer que façam!

Adeus:

Miguel Caldeira